sábado, 3 de maio de 2008

O impacto da velocidade


A rapidez com que tudo se desenvolve no século atual gera um estilo de vida e produção extremamente corridos. Esta corrida não é necessariamente simbólica, pode ser vista no trânsito, onde as pessoas –influenciadas também por outros diversos fatores- dirigem seus veículos em alta velocidade e acabam agravando ou ocasionando acidentes. Estes acidentes constituem o segundo pior problema de saúde pública no Brasil e necessitam de uma solução.

Os acidentes no trânsito são gerados por falta de segurança ou condições da estrada, do veículo e principalmente pela imprudência dos motoristas. Esta imprudência pode ser vista em várias ações, mas as principais campanhas de conscientização de segurança no trânsito focam dirigir alcoolizado e/ou em alta velocidade. Imagina-se que como resultado destas campanhas de conscientização, grande parte dos jovens não sejam incluídos nesta maioria imprudente, porém, enganam-se, os jovens continuam envolvidos em um alto número de acidentes no trânsito e parece que irão continuar caso não seja tomada uma nova providência.

Algumas providências em relação aos automóveis já foram tomadas em outros países e diminuíram a morte nos acidentes de trânsito, porém, no Brasil conhecemos outra realidade, onde a publicidade não foca a segurança, mas ao contrário, é o fator que nos leva a entender o que influencia as pessoas e os jovens a dirigir em alta velocidade e alcoolizados.

Um automóvel tem capacidade para andar em uma velocidade duas ou três vezes maior que a permitida por lei, o que torna de escolha do motorista estar dentro dos limites ou não. Campanhas de conscientização de segurança tentam mostrar e convencer que é indispensável para vida estar dentro deste limite, porém esta publicidade além de atingir a poucos é de menor qualidade da contrária feita pelas empresas de veículos. Explico: quando vemos este tipo de publicidade sabemos do que se trata, porém as propagandas de carros considerados por nós bons, induzem a velocidade e à agressividade sem ao menos deixar que percebamos que estamos sendo induzidos. Andar em alta velocidade é visto como sinal de coragem, grandeza. É explicito esta influencia da mídia em uma propaganda de uma determinada marca que dizia “A vida começa aos 18 quando você começa a dirigir, mas pode ficar mais emocionante aos 120”, onde “120” faz uma alusão à velocidade, o dobro da permitida em determinados locais.

É fácil mostrar aos jovens o que é correto, difícil, porém é influenciá-los a querer estar dentro das normas. Esta idéia de coragem por desobedecer às regras é cultuada a todo o momento na mídia, e combinado às exigências de velocidade da atual sociedade produzem uma nova geração que pode ser, ao contrário do que as pessoas esperam, o problema, e não a solução para a violência no trânsito.

Além de medidas mais focadas à segurança de estradas e veículos é preciso uma maneira diferente de conscientizar os motoristas e uma punição mais drásticas aos que cometem erros nos trânsito. A punição sozinha não é capaz de resolver o problema, porém, nem a ação educativa. As duas devem se complementar e condicionar uma atitude mais consciente no trânsito, onde o jovem tem consciência do que pode causar, porém, tem consciência também de que será punido caso prejudique a vida dos outros.

2 comentários:

.-°Renata°-. disse...

Oi Ly!
E as estadas mal sinalizadas, esburacadas e sem autoridades não ajuda muito!
Tudo por qui é assim... as drogas são ilícitas, mas qualquer retardado sabe onde comprar sem ser punido.
Falta muita educação na casa das pessoas... não acho que isso seja só uma questão de educação cidadã, mas a mãe de cada um precisa se preocupar com o que seu filho vai ser perante a sociedade!
Não é sair dando uma máquina veloz aos 18 anos como se a vida não tivesse limitar né?!

Um beijão linda!

@efebete disse...

falta incentivo.
municipio, estado e união deveriam se articular pra incentiver o transporte coletivo e o uso de bicicletas.

em rg, por exemplo, não há bicicletário no centro da cidade. o que é uma pena!