sábado, 19 de abril de 2008

Sol no salar




Essa tarde eu andava tão cansada, irritada. As pessoas não atendiam as minhas expectativas e conclui que nem eu mesma era o que era e desejava o que desejava. Acendi um incenso e fiquei deitada, pensando em tudo e nada. Parei naquele instante de correr contra o tempo. Pela primeira vez na semana eu não pensei no maldito tempo. Não pensei na rua lá fora e no que eu tava perdendo. Não pensei que eu quase não tenho amigos e que não me interesso por quase ninguém. Mas eu pensei em pessoas. Pessoas que me interessam. Eu gosto da vida de algumas pessoas. E são vidas mesmo. Não são modelos de vida. Nem páginas na internet. As pessoas estão cada vez mais artificiais. Ou menos?! Não sei. Aparência sempre existiu. Eu não entendo o meu jeito de escrever, é cheio de pontos. Não sei por que essa mania de dividir tudo. No fim tudo é a mesma coisa e se mistura e não dá pra explicar nem separar. Inicio, meio, conclusão. Confusão também. Introdução, ápice e exaustão. Introdução não tem. Quero o ápice sempre. Busca? Talvez. Ou não precisar mais buscar. Quero um retiro. Fogo água e vento. O que o fogo esquenta a água esfria, o vento aumenta o fogo e refresca a água. O fogo queimando ou a água gelando? Ápice. Ápices, extremos. Estranho. Vou dar uma espairecida. Sozinha. Sem encontrar ninguém. Quero andar a noite pela cidade sozinha. Encontrar umas pessoas por aí. Mas antes vou ver o sol ir embora e me encontrar.

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